Se a razão é a poesia – e a minha causa é só essa, a criação poética – então, o importante não é tanto a língua, nem sequer o quanto ela nos é materna. Mais importante é essa outra língua que falamos mesmo antes de nascermos. Nesse registo está a porta e o passaporte em que todos nós fazemos humanos, fabricadores da palavra e, com igual mestria, criadores de silêncio.

A alma guarda o que a mente tenta esquecer!

Nada é para sempre, nem mesmo os problemas.

Uma pessoa que saiba que vai morrer sabe que tem de viver. Esse é, aliás, um dos grandes desafios da humanidade. Ter a consciência do fim, para que todos os momentos sejam o princípio de alguma coisa e todos sabemos como tudo é sempre mais saboroso no início seja do que for.

Essa pressa leviana demonstra o incompetente: Por que fazer o Mundo em sete dias se tinha a Eternidade pela frente?

Ser grande, é abraçar uma grande causa.

Lula é um candidato que sempre decolou e nunca aterrissou. Veja o caso de Serra. Chegou ao segundo lugar em abril, não é desprezível.

Acendemos paixões no rastilho do próprio coração. O que amamos é sempre a chuva, entre o voo da nuvem e a prisão do charco. Afinal, somos caçadores que a si mesmo se azagaiam. No arremesso certeiro vai sempre um pouco de quem dispara.

Quando não podemos encontrar contentamento em nós mesmos, é inútil procurá-lo noutra parte.