O prazer que nos dá uma ideia de outrem com que concordamos, vem-nos da ilusão de que fomos nós que a inventámos. Até porque fomos. Mas só agora o soubemos.

Fidelidade: virtude peculiar daqueles que vão ser atraiçoados.

Não queiras reformar nada, porque, como não sabemos a que leis as coisas obedecem, não sabemos se as leis naturais estão de acordo, ou com a justiça, ou, pelo menos, com a nossa ideia de justiça.

A verdadeira arte de viajar…A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.

Perto do sol há incontáveis corpos escuros a serem deduzidos, tais que nunca chegaremos a ver.

Para ter um gosto próprio e julgar com alguma finura das coisas de arte é necessária uma preparação, uma cultura adequada. E onde tem o homem de trabalho, no nosso tempo, vagares para essa complicada educação, que exige viagens, mil leituras, a longa frequentação dos museus, todo um afinamento particular do espírito? Os próprios ociosos não têm tempo – porque, como se sabe, não há profissão mais absorvente do que a vadiagem. Os interesses, os negócios, a loja, a repartição, a família, a profissão liberal, os prazeres não deixam um momento para as exigências de uma iniciação artística.

Regra fundamental: na vida, nunca gastes mais de dez por cento do teu tempo com o problema e gasta pelo menos noventa por cento do teu tempo com a solução. 

Toda a paixão que aproxima o homem da natureza animal, o distancia da natureza espiritual.

Meia dúzia de beijos desse e as vontades dela viram minhas…