A felicidade não é algo que se persegue, mas algo que se tem. Não existindo essa posse, é apenas uma palavra.

Há três maneiras de viver numa civilização: com as convicções partidárias, com o julgamento dinâmico do homem livre, ou com os impulsos do coração. Todas elas podem ser honrosas ou infames; depende da inspiração que sofrem umas das outras. Pois nada é completamente necessário senão na medida em que depende duma outra realidade.

O ódio do poder, o ódio duma civilização vitoriana ou outra qualquer, é ainda uma forma de reconhecer-lhe direitos. Não se empurra pelas escadas abaixo uma imagem e o seu santuário, sem estarmos a declarar-lhes a sua virtude feudal.

Não há dor que o sono não possa vencer.

Todas as cores escondidas nas nuvens da rotina.

Os maus não são exaltados para serem felizes, mas para que caiam de mais alto e sejam esmagados.

É verdade que as novas tecnologias não costuram os buracos da nossa roupa interior, mas elas ajudam a alterar as redes sociais em que nos fabricamos.

Quando se vive de ilusões é porque algo não funciona. A nossa imagem (dos portugueses) mais constante é a de alguém que está parado no passeio à espera de que o ajudem a atravessar para o outro lado.

O que é o céu se não um suborno, e o que é o inferno se não uma ameaça?