Frases Gerais

Só a literatura – cópia silenciosa das coisas que não existem, tem foros de cidade no país das Artes. As outras são arrabaldes de vilas que já não existem.

É nas decadências que mais inteligência aparece, mais amor à arte, à beleza, à verdade. É quando o homem começa a amar a verdade que chega a hora dos bárbaros de entendimento.

Todos nós temos momentos futuristas, como quando, por exemplo, tropeçamos numa pedra.

Escapar às regras e dizer coisas inúteis resume bem a atitude essencialmente moderna….

Isto está tudo decadente: já nem decadentes há.

O que sou essencialmente – por trás das máscaras involuntárias do poeta, do raciocinador e do que mais haja – é dramaturgo.

O futurismo vem a ser uma fotografia abstrata das coisas. Ora toda arte, seja como for, vá até onde for, é antifotográfica e concreta.

Ninguém, suponho, admite verdadeiramente a existência real de outra pessoa.

Quem nunca saiu de Lisboa viaja ao infinito no carro até Benfica, e, se um dia vai a Sintra, sente que viajou até Marte.

Com uma tal falta de literatura, como há hoje, que pode um homem de génio fazer senão converter-se, ele só, em uma literatura?

Todo o amor é um modo de sofrer, porque é o querer dar o que se não pode dar, e pedir o que se não pode receber.

Nada há que mais pese na gratidão da alma que o reconhecerem-na como alma.

Não o amor, mas os arredores é que vale a pena…

Possuir é ser possuído, e, portanto, perder-se. Só a ideia atinge, sem se estragar, o conhecimento da realidade.

O amor pede identidade com diferença, o que é impossível já na lógica, quanto mais no mundo.

Nunca fales de ti. Guarda ao teu ser o seu segredo. Se o abrires nunca o poderás fechar.

Não confessar nunca o que intimamente se passa convosco. Quem confessa é um débil.

O criador do espelho envenenou a alma humana.

Valerá a pena amar o que podemos ter? Amar é querer e não ter.

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