Frases para Pensar

Pois como a salamandra em chamas vive,  entre perfumes a mulher habita.

Só posso escrever o que sou. E se os personagens se comportam de modos diferentes, é porque não sou um só.

Começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas

com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos

estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei,

O elogio é um meio muito usa­do, mas sempre novo, de render homenagem à vaidade alheia.

Se pronunciavam o teu nome diante de mim, corava e na minha perturbação julgava que tinham lido esse nome nos meus olhos ou dentro de minha alma, onde eu bem sabia que ele estava escrito.

O coração é sempre verdadeiro, não diz senão o que sentiu# e o sentimento, qualquer que ele seja, tem a sua beleza.

Não se pode dormir com todas as mulheres do mundo, mas deve-se fazer esforço.

ainda nos podemos mexer.

O dia todo espiava o movimento das pessoas, tentando adivinhar coisas incompreensíveis.

Mesmo não sabendo que era amor, sentiam que era bom.

A sorte me acompanha, tenho corpo fechado à inveja, a intriga não me amarra os pés, sou imune ao mau-olhado.

Custava-lhe esforço aquela decência tranqüila, aquela face calma – nervosa, no cansaço da noite mal dormida, da luta inglória contra o desejo em brasa do seu ventre. Por fora água parada, por dentro uma fogueira acesa.

Na vida só vale o amor e a amizade. O resto é tudo pinóia, é tudo presunção, não paga a pena…

Mas é bom um cidadão pensar que tem influência no governo, embora não tenha nenhuma. Lá na fazenda o trabalhador mais desgraçado está convencido de que, se deixar a peroba, o serviço emperra. Eu cultivo a ilusão.

Mas no tempo não havia horas.

Quem escreve deve ter todo o cuidado para a coisa não sair molhada. Da página que foi escrita não deve pingar nenhuma palavra, a não ser as desnecessárias. É como pano lavado que se estira no varal.

Os escritores brasileiros, e falo dos ficcionistas de agora e mesmo os do passado, podem no meu entender ser divididos em duas categorias: os que têm uma ‘maneira’ de escrever, e são poucos, e os que têm ‘jeito’, que são alguns mais numerosos. O resto é porcaria.

Salvo raríssimas exceções, os modernistas brasileiros eram uns cabotinos. Enquanto outros procuravam estudar alguma coisa, ver, sentir, eles importavam Marinetti. Está visto que excluo Bandeira, por exemplo, que aliás não é propriamente modernista. Fez sonetos, foi parnasiano.

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