A celebração de mais um ano de vida é a celebração de um desfazer, um tempo que deixou de ser, não mais existe. Fósforo que foi riscado. Nunca mais acenderá. Daí a profunda sabedoria do ritual de soprar as velas em festa de aniversário. Se uma vela acesa é símbolo de vida, uma vez apagada ela se torna símbolo de morte.

Não te trago flores, porque elas secam

Julgar-se pior que os outros é um dos mais violentos atos de orgulho, porque é

Sou um crente – e por que não o ser? A fé desentope as artérias# a descrença é que dá câncer!

Talvez, lá adiante: mas entre o silêncio que pode estar nos esperando então e o presente — você acabou de sair da minha casa, seu cheiro ainda surge vez ou outra pelo quarto –, quem sabe não seremos felizes?

Entre eclusa e esparavel faremos a canção triste para uma flor de papel.

E o bom da vida é viver bem, estar bem, querer bem.

Onde houver a discórdia, que eu leve a união, e tua paz.

O correr da vida embrulha tudo.