Apaixonada, saquei minha arma, minha alma, minha calma, só você não sacou nada.
Frases de Sinceridade
Acreditei que se amasse de novo esqueceria outros pelo menos três ou quatro rostos que amei… organizei a memória em alfabetos como quem conta carneiros e amansa no entanto flanco aberto não esqueço e amo em ti os outros rostos.
Angústia é fala entupida.
Nada, Esta Espuma por afrontamento do desejo insisto na maldade de escrever mas não sei se a deusa sobe à superfície ou apenas me castiga com seus uivos. Da amurada deste barco quero tanto os seios da sereia.
Só tem caprichos. É mais e mais diária – e não se perde no meio de tanta e tamanha companhia.
Estou atrás do despojamento mais inteiro, da simplicidade mais erma da palavra mais recém-nascida, do inteiro mais despojado, do ermo mais simples do nascimento a mais da palavra.
Diálogo de surdos, não: amistoso no frio. Atravanco na contramão. Suspiros no contrafluxo. Te apresento a mulher mais discreta do mundo: essa que não tem nenhum segredo.
Tem sangue eterno a asa rimada. E um dia sei que estarei muda: – mais nada.
São cinco pontas. Cinco destinos areias tontas de desatinos.
Saudade! Amor de minha terra… O rio cantigas de águas claras soluçando.
Nessa teia de luz um mistério se encerra: Sabe-o a Aranha, cravando o enorme olhar que infunde a energia vital que há no ventre da terra.
Na remansosa paz da rústica fazenda, à luz quente do sol e à fria luz do luar, vive, como a expiar uma culpa tremenda, o engenho de madeira a gemer e a chorar.
Ringe e range, rouquenha, a rígida moenda; E ringindo e rangendo, a cana a triturar parece que tem alma, adivinha e desvenda a ruina, a dor, o mal que vai, talvez, causar…
Movida pelos bois tardos e sonolentos geme, como a exprimir, em doridos lamentos, que as desgraças por vir, sabe-as todas de cor.
Ai! Dos teus tristes ais! Ai! Moenda arrependida! — Álcool! para esquecer os tormentos da vida e cavar, sabe Deus, um tormento maior!
Passou de leve a Esperança pelo meu coração… Encantou-me no azul do meu sonho de criança: Ardeu como uma estrela… E era um pobre balão!
Aracnídeo exemplo, almo e augusto, desvendo no Sol, como a ensinar que tudo se fecunde sempre, Aranha do Azul, véus de noiva tecendo…
Doudo, sonho que o Sol é a maior das aranhas, –Tarântula do Azul – a ígnea teia da Vida
Tecendo caprichosa, a arrancar das entranhas rubros fios de sangue e de luz difundida.
Urde os fios e os prende, elo por elo, à urdida rede transluminosa, a alongar as estranhas antenas de ouro de fogo, e com a trama tecida estende véus iriais para além das montanhas…