O verdadeiro comércio inspira virtudes próprias: a economia, a boa-fé, a exatidão, a ordem e atividade leal.

As nossas caras são verdadeiras máscaras que nos foram dadas para ocultarem os pensamentos.

Os homens só me lisonjeiam enquanto não me torno incómodo para eles. Se tento, no entanto, servir algum fim que julguem prejudicá-los, passam imediatamente ao ultraje e à calúnia só para defenderem os seus interesses. E aqueles que não tomam parte ativa, geralmente curvam-se por cobardia.

Tudo o que somos é pessoas e tudo aquilo de que precisamos é de pessoas. É quando a melancolia chega que percebemos que são as pessoas que nos salvam do abismo.

Nem paz nem felicidade se recebem dos outros nem aos outros se dão. Está-se aqui tão sozinho como no nascer e no morrer.

Aqui se passa fome, aqui se odeia, aqui se é feliz, no meio de invenções miraculosas.

Quase parece como se a análise fosse a terceira daquelas profissões ‘impossíveis’ quanto às quais de antemão se pode estar seguro de chegar a resultados insatisfatórios. As outras duas, conhecidas há muito tempo, são a educação e o governo.

A natureza das vicissitudes e das provas que suportamos pode, também, nos esclarecer sobre o que fomos e o que fizemos, como neste mundo julgamos os fatos de um culpado pelos castigos que lhe infringe a lei.

Se há homens cujo ridículo nunca se tornou evidente, é porque nunca procurámos bem.