Quando um homem acredita na história que conta, quem a leia corre o risco de acreditar também.

As mentiras em que as pessoas sustentam a sua felicidade são tão válidas como as verdades.

Me pegaram para ser a vilã da história, porque a corda arrebenta para o lado mais fraco.

A globalização é um totalitarismo. Totalitarismo que não precisa nem de camisas verdes, nem castanhas, nem suásticas. São os ricos que governam e os pobres vivem como podem.

As ideias funcionam como esposas ciumentas que fecham as cortinas e trancam o marido à chave. E essas ideias parecem entidades cansadas que dormem na cama da memória. E sucede conosco uma coisa dramática que é: cada vez mais somos quem já fomos.

A filosofia ensina a agir, não a falar.

Quem procura a glória não a merece, quem a merece não a procura.

Aprende-se a escrever, lendo. E é necessária uma grande humildade face ao material da escrita. É a mão que escreve. A nossa mão é mais inteligente do que nós. Não é o autor que tem de ser inteligente, é a obra. O autor não escreve tão bem quanto os livros.

Bola, Flor e Mulher, só com carinho.