As horas dançam no tempo e o tempo, na madrugada.
Frases de Gilberto Mendonça Teles
Do cimo da vida, apenas vejo a poeira na estrada.
Meus rastros viraram pedras na terra do antigamente.
E as horas morrem no tempo como o tempo, no poente.
Pergunto ao mar por que foge e ao vento por que não vem.
O tempo levou a vida para outra praia no além.
Há tanto pássaro voando, meu sonho voou também.
Só a vida que foi não volta, só o tempo que foi não vem.
Era preciso, e falei. Gritei as minhas palavras. Tinha esperança, e de lei.
Chá de poejo para o teu desejo.
Chá de alho para um ato falho.
Chá de sumiço quando houver enguiço.
O amor compõe, propõe, supõe, indispõe e interpõe, sua adaga entre o ser e o vazio do vício (a ser-viço do amor).
É como se houvesse no fundo alguma luz, um pouco de alma.
Que gesto colherá o pássaro terrível que sobre nós traçou a condição de efémeros?
Quem sabe do caminho, se tudo é tão noturno.
Chá de estrada se ela for casada.
O amor põe suas mágicas em funcionamento.
Se caminhamos juntos, se juntos dividimos, quem sabe da renúncia que nos vai conduzindo?
Vai do lugar ao não lugar a refração que há neste afresco, a linha indócil como o infarto nas turvas ondas do arabesco.