Obra-se mal não só quando se obra, nem só quando se aconselha, senão também quando se permite.

Nenhuma coisa deste mundo pára ou permanece, todas passam.

A condescendência, com o que tinha de indiferença e de mentira, era a grande inimiga da intimidade. A verdade podia fazer muita mossa. Estava longe de ser um valor absoluto. Mas, se ruía a intimidade, restava o quê? Sustinha-se de pé o quê? Sustinha-nos de pé o quê?

Oh gentil cura! Oh estranho desconcerto! Que dareis c’ um favor que vós não dais, quando com um desprezo me dais vida?

Custava-lhe esforço aquela decência tranqüila, aquela face calma – nervosa, no cansaço da noite mal dormida, da luta inglória contra o desejo em brasa do seu ventre. Por fora água parada, por dentro uma fogueira acesa. 

Mas, para que vocês saibam que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados” – disse ao paralítico –

O génio é a insanidade tornada sã pela diluição no abstrato, como um veneno convertido em remédio mediante mistura.

Por haver uma lei como a gravidade, o universo pode e irá criar a ele mesmo do nada. A criação espontânea é a razão pela qual algo existe ao invés de não existir nada, é a razão pela qual o universo existe, pela qual nós existimos.

Por isso o meu verso tem essa quase imperceptível tremor…